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Capitais apresentam defasagem de ônibus em 12,8%

20/11/2014 | Geral

De acordo com a NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano), as passagens de ônibus nas capitais estão com uma defasagem média nos preços cobrados de 12,8%. O presidente da entidade, Otávio Pinto disse que os prefeitos receiam que a situação complique ainda mais, com um possível reajuste nos preços das tarifas.

Otávio destaca que os prefeitos trabalham com a possibilidade de novas manifestações, como as ocorridas em julho de 2013, caso os preços das passagens aumentem. “No próximo mês alguns municípios deverão reajustar tarifas ou achar recursos para subvenção”, disse Otávio Pinto. “Feitas em algumas cidades, as isenções – em especial do ICMS sobre o diesel – apenas têm ajudado a não dar impactos maiores nas tarifas”.

Segundo o presidente, o déficit de 12,8% já embute as isenções feitas pelo governo federal na folha de pagamento, que mudou a contribuição patronal na alíquota de faturamento, resultando em uma diminuição de 4% no custo, além de 3,85% relativo a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

“Em consequência das manifestações de 2013 houve uma deflação de 5% nas passagens, apenas com as desonerações e reduções”, informou o presidente da associação. De acordo com a NTU, as gratuidades e os benefícios nos sistemas de transporte, são outros fatores responsáveis pelo aumento de 17,8% no preço das passagens.

A principal reclamação da entidade é a política de incentivo ao transporte individual, promovida pelo governo. “A política de preços do óleo diesel mostra isso. Entre junho de 2012 e novembro de 2014, o preço da gasolina aumentou 23%, enquanto o óleo diesel [principal combustível usado pelos ônibus] aumentou 38%”, disse Otávio Pinto.

Se o recorte for entre 2001 e 2014, o diesel contabiliza, segundo a NTU, um aumento de 202%. No mesmo período, as passagens aumentaram 163%, o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado foi 128% e a gasolina teve um reajuste de 76%. Otávio Pinto ressalta que o óleo diesel representa 23% do custo total dos serviços de transportes.

Fonte: MS Notícias