CNT alerta sobre o risco ambiental do aumento de biodiesel

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu nesta terça-feira (19) que, a partir de março de 2024, o percentual de biodiesel no óleo diesel passará dos atuais 12% para 14%. A reunião, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também determinou a suspensão das importações do biocombustível. Haverá uma progressão de 1 ponto percentual em 2025, indo para 15%. O cronograma anterior previa a mistura B14 para abril de 2025 e a B15 para 2026. O Conselho alega que a medida irá colaborar para descarbonização do meio ambiente.

Porém, a CNT divulgou na segunda-feira (18), um dia antes da decisão da CNPE, um alerta no sentido contrário – chamando a atenção sobre os riscos ambientais que um novo aumento do percentual de biodiesel pode causar (link abaixo). De acordo com a Confederação, um estudo inédito da Universidade de Brasília mostrou que o aumento no percentual de biodiesel a partir de 7% eleva a emissão de CO₂ e diminui a potência dos motores. Ainda segundo a pesquisa, a medida mais equilibrada seria a mistura de 7%, adotada na Europa.

No comunicado, a CNT expressou “grande preocupação com o risco de novo aumento do percentual de biodiesel de base éster ao diesel” e que “o setor tem se desdobrado, por meio de ações responsáveis e eficazes, para encontrar soluções ambientais que efetivamente descarbonizem a atividade transportadora”, afirmou a entidade.

Além do Brasil, países como Argentina, Uruguai, Paraguai e Estados Unidos também têm mandato obrigatório para a mistura.

Leia o alerta da CNT na íntegra neste link

Acesse neste link o estudo da Universidade de Brasília (UnB) sobre o tema